sábado, 23 de novembro de 2013

Escola de Saúde Pública forma mais de 350 técnicos de Vigilância em Saúde

   Os primeiros alunos que iniciaram o Curso Técnico de Vigilância em Saúde da Escola de Saúde Pública do Paraná, a qual tive o prazer de fazer parte desse projeto pioneiro e desafiador como Instrutor na cidade de Irati, Pr, começam a se formar a partir deste mês de novembro. Com um ano e meio de duração, o curso faz parte da política de educação permanente da Secretaria Estadual da Saúde e contou com 21 turmas espalhadas por diversas

regiões do Estado.

     O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, explica que com a formação desses nossos profissionais a Escola de Saúde Pública do Paraná cumpre seu papel de qualificar os servidores da rede pública de saúde. “A vigilância em saúde é um trabalho exclusivo do poder público, uma tarefa indelegável. Por isso, sempre será necessário capacitar novos profissionais para atuar nesta área, renovando ou atualizando a força de trabalho”, destacou. Mais de 350 alunos serão diplomados como técnicos de Vigilância em Saúde e poderão atuar nas áreas de Vigilância Sanitária, Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental e Vigilância em Saúde do Trabalhador.

     Iniciado em março de 2012, o curso foi ofertado gratuitamente aos profissionais que atuam nas secretarias municipais de saúde. A primeira formatura foi da turma de Curitiba e Região Metropolitana, que aconteceu na última quinta-feira (21). Com 20 alunos, a turma reunia enfermeiros, agentes de saúde, técnicos administrativos e inclusive um motorista.

    EXEMPLO - O motorista é Ronaldo dos Santos, servidor do município de Piraquara. Ele era responsável pelo transporte dos alunos de Piraquara para as aulas, de segunda a sexta-feira. Como Ronaldo tinha que ficar esperando seus colegas de trabalho durante o período das aulas, a direção da escola o convidou para também ingressar no curso. Autorizado pela secretaria municipal de saúde, Ronaldo começou a frequentar as aulas e se tornou um dos melhores alunos da turma. Agora, formado, Ronaldo não será mais motorista e receberá uma promoção. “Recebi uma oferta da secretaria municipal de saúde para trabalhar na área de zoonoses e estou muito contente com tudo isso”, explicou o ex-motorista e agora técnico de vigilância em saúde de Piraquara.

   RESGATE - Segundo a superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz, que participou da solenidade de formatura de Curitiba, este foi um marco importante para a área, que por muito tempo não recebeu a atenção que merecia por parte do Governo do Estado. “Desde que assumimos, em 2011, estamos fazendo um grande trabalho de reestruturação da vigilância em saúde, principalmente com um forte apoio aos municípios. Com este curso, investimos na qualificação dos profissionais o que refletirá diretamente na melhoria do serviço prestado à população”, disse.

   Em 2013, o governador Beto Richa lançou o programa VigiaSUS que destina recursos de custeio e capital para qualificar a área de vigilância em saúde nos municípios. Somente neste ano, o programa investiu cerca de R$ 30 milhões na aquisição de veículos, equipamentos, contratação emergencial de profissionais e outros materiais essenciais para a manutenção das atividades das equipes municipais.

Intoxicação por ORGANOFOSFORADOS/CARBAMATOS

                                    ORGANOFOSFORADOS/CARBAMATOS

  Inicialmente: suor e salivação abundante, lacrimejamento, debilidade, cefaléia, tontura e vertigens, perda de apetite, dores de estômago, visão turva, tosse com expectoração clara, possíveis casos de irritação na pele (organofosforados). Posteriormente: pupilas contraídas e não reativas à luz, náuseas, vômitos e cólicas abdominais, diarréia, dificuldade respiratória (principalmente com os carbamatos), contraturas musculares e cãibras, opressão torácica, confusão mental, perda de sono, redução da freqüência cardíaca/pulso, crises convulsivas (nos casos graves), coma, parada cardíaca (nos casos graves, é a causa freqüente de óbito).
   
   A determinação das atividades das colinesterases, que desempenham papel fundamental na transmissão dos impulsos nervosos - tem grande significado para o diagnóstico e acompanhamento das intoxicações agudas. Intoxicações graves, por exemplo, apresentarão níveis muito baixos de colinestareses. Mas não se engane pois esse marcador pode sofrer várias alterações organicas o que o leva a não ser um marcado fidedigno, o que nos leva a evidenciar o fator clínico Epidemilógico como melhor indicador de intoxicação.




    No Sul do País o agrotóxico Tamaron é utilizado em larga escala na cultura do fumo e está associado ao elevado índice de suicídios em 1995 na cidade de Venâncio Aires (RS): 37 casos/100.000 habitantes, quando no Estado, o índice é de 8/cem mil. Estudos conduzidos no Rio Grande do Sul por 4 pesquisadores brasileiros mostraram que os agrotóxicos organofosforados causam basicamente 3 tipos de sequelas neurológicas após intoxicação aguda ou devido a exposição crônica:
 1) Polineuropatia retardada:fraqueza progressiva e ataxia das pernas, podendo evoluir até uma paralisia flácida; sintomas provocados pelos agrotóxicos: Triclorphon, Triclornato, Metamidophos e Clorpyriphos.
 2) Síndrome intermediária: paralisia dos músculos do pescoço, perna e pulmão, além de diarréia intensa; ocorre de um a quatro dias após o envenenamento e apresenta risco de morte devido a depressão respiratória associada. Causada por: Fenthion, Dimethoate, Monocrotophos e Metamidophos.
 3) Efeitos comportamentais: insônia ou sono perturbado, ansiedade, retardo de reações, dificuldade de concentração e uma variedade de sequelas psiquiátricas: apatia, irritabilidade, depressão, esquizofrenia.