quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Brasileiros tratam cirrose com nova técnica de transplante


Cirurgia usa partes de fígados de dois doadores vivos pela primeira vez na América

Pessoas que sofrem de cirrose e precisam de transplante de fígado, mas não encontram um doador compatível têm uma nova chance. Médicos brasileiros realizaram com sucesso, pela primeira vez na América, um transplante usando partes dos órgãos de dois doadores vivos. A cirurgia foi feita em novembro no Hospital Angelina Caron, Curitiba, em Darci Moacir Bladt, de 52 anos. Ele recebeu partes do fígado de seu filho, Natanael, de 22 anos, e de sua sobrinha, Julian, de 26 anos. A técnica é mais segura para o doador e atende ao receptor, quando um só doador não é suficiente.
Darci, que sofria de cirrose devido ao abuso de álcool, já saiu do CTI e passa bem. A cirurgia, de alta complexidade, envolveu 15 profissionais, durou 17 horas, e foi liderada por João Eduardo Nicoluzzi, chefe do Serviço de Transplante do Hospital Angelina Caron; e Mauro Roberto Monteiro, chefe do Serviço de Hepatologia. No transplante de fígado há três possibilidades: doador em morte encefálica, um doador vivo e agora, no Brasil, com dois doadores vivos. Em doentes adultos, quando não se consegue um órgão de cadáver, a saída é retirar 60% do fígado de um doador vivo. Esta parte corresponde a 0,8 a 1% do peso do receptor. Por exemplo, uma pessoa com 70kg precisa de algo em torno de 560g a 700g de fígado de doador. Mas no caso de Darci isso não foi possível.
O paranaense estava muito acima do peso, característica comum em doentes de fígado. E entrou na fila de transplante
porque seu órgão entrou em falência, e o paciente já apresentava encefalopatia hepática. Esta síndrome causa pequenas alterações de personalidade e na cognição, hemorragia digestiva, distúrbio da coagulação, câncer e coma. Com um peso de 86kg, Darci precisava de um órgão de 860g. Um doador só não era suficiente. A saída foi usar cerca de 30% do fígado de Natanael e mais 30% de Julian, diz Nicoluzzi:
— O transplante de fígado é uma das cirurgias mais complexas, requer equipes altamente qualificadas. Além disso, não basta o parente querer doar o fígado. Ele precisa passar por triagem rigorosa. A técnica que usa dois doadores vivos é exceção, para casos especiais como o de Darci.
O órgão do doador regenera-se em quatro semanas. O fígado implantado se recupera aos poucos. Nicoluzzi e equipe aprenderam a técnica no Hospital Asan (na Coreia do Sul), referência mundial em transplantes. Agora os paranaenses avaliam a possibilidade operar outros pacientes. Se o procedimento entrar na rotina do hospital, será custeado pelo sistema público, pois o Angelina Caron é centro de referência em transplantes pelo Ministério da Saúde. As principais causas de cirrose hepática são o alcoolismo e as hepatites B e C.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Vigilancia em saúde

VIGILÂNCIA EM SAÚDE


ASPECTOS HISTÓRICOS
A expressão ‘vigilância em saúde’ remete, inicialmente, à palavra vigiar. Sua origem – do latim vigilare – significa, de acordo com o Dicionário Aurélio, observar atentamente, estar atento a, atentar em, estar de sentinela, procurar, campear, cuidar, precaver-se, acautelar-se.
No campo da saúde, a ‘vigilância’ está historicamente relacionada aos conceitos de saúde e doença presentes em cada época e lugar, às práticas de atenção aos doentes e aos mecanismos adotados para tentar impedir a disseminação das doenças.
O isolamento é uma das práticas mais antigas de intervenção social relativa à saúde dos homens (Rosen, 1994; Scliar, 2002; Brasil, 2005). No final da Idade Média, o modelo médico e político de intervenção que surgia para a organização sanitária das cidades deslocava-se do isolamento para a quarentena. Três experiências iniciadas no século XVIII, na Europa, irão constituir os elementos centrais das atuais práticas da ‘vigilância em saúde’: a medicina de estado, na Alemanha; a medicina urbana, na França; e a medicina social, na Inglaterra (Foucault, 1982).
O desenvolvimento das investigações no campo das doenças infecciosas e o advento da bacteriologia, em meados do século XIX, resultaram no aparecimento de novas e mais eficazes medidas de controle, entre elas a vacinação, iniciando uma nova prática de controle das doenças, com repercussões na forma de organização de serviços e ações em saúde coletiva (Brasil, 2005). Surge, então, em saúde pública, o conceito de ‘vigilância’, definido pela específica, mas limitada, função de observar contatos de pacientes atingidos pelas denominadas ‘doenças pestilenciais’ (Waldman, 1998).
A partir da década de 1950, o conceito de ‘vigilância’ é modificado, deixando de ser aplicado no sentido da ‘observação sistemática de contatos de doentes’, para ter significado mais amplo, o de ‘acompanhamento sistemático de eventos adversos à saúde na comunidade’, com o propósito de aprimorar as medidas de controle (Waldman, 1998).
Em 1963, Alexander Langmuir, conceituou ‘vigilância em saúde’ como a “observação contínua da distribuição e tendências da incidência de doenças mediante a coleta sistemática, consolidação e avaliação de informes de morbidade e mortalidade, assim como de outros dados relevantes, e a regular disseminação dessas informações a todos os que necessitam conhecê-la” (Brasil, 2005).
Esta noção de ‘vigilância’, ainda presente nos dias atuais, baseada na produção, análise e disseminação de informações em saúde, restringe-se ao assessoramento das autoridades sanitárias quanto à necessidade de medidas de controle, deixando a decisão e a operacionalização dessas medidas a cargo das próprias autoridades sanitárias (Waldman, 1998).
Em 1964, Karel Raska, propõe o qualificativo ‘epidemiológica’ ao conceito de ‘vigilância’ – designação consagrada no ano seguinte com a criação da Unidade de Vigilância Epidemiológica da Divisão de Doenças Transmissíveis da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 1968, a 21ª Assembléia Mundial da Saúde promove ampla discussão sobre a aplicação da ‘vigilância’ no campo da saúde pública, que resulta em uma visão mais abrangente desse instrumento, com recomendação de sua utilização não só em doenças transmissíveis, mas também em outros eventos adversos à saúde (Waldman, 1998).
Um dos principais fatores que propiciaram a disseminação da ‘vigilância’ como instrumento em todo o mundo foi a ‘campanha de erradicação da varíola’, nas décadas de 1960 e 1970. Neste período, no Brasil, a organização do Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (1975), se dá através da instituição do Sistema de Notificação Compulsória de Doenças. Em 1976, é criada a Secretaria Nacional de Vigilância Sanitária. No caso da vigilância ambiental, começou a ser pensada e discutida, a partir da década de 1990, especialmente com o advento do Projeto de Estruturação do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde - VIGISUS (Brasil, 1998; EPSJV, 2002).

O DEBATE ATUAL
As discussões que se intensificaram a partir da década de 1990 em torno da reorganização do sistema de ‘vigilância epidemiológica’, tornando possível conceber a proposta de ação baseada na ‘vigilância da saúde’, continham pelo menos três elementos que deveriam estar integrados: 1) a ‘vigilância’ de efeitos sobre a saúde, como agravos e doenças, tarefa tradicionalmente realizada pela ‘vigilância epidemiológica’; 2) a ‘vigilância’ de perigos, como agentes químicos, físicos e biológicos que possam ocasionar doenças e agravos, tarefa tradicionalmente realizada pela ‘vigilância sanitária’; 3) a ‘vigilância’ de exposições, através do monitoramento da exposição de indivíduos ou grupos populacionais a um agente ambiental ou seus efeitos clinicamente ainda não aparentes (subclínicos ou pré-clínicos), este último se coloca como o principal desafio para a estruturação da ‘vigilância ambiental’ (Freitas & Freitas, 2005; EPSJV, 2002).
No Brasil, o processo de implantação dos distritos sanitários buscava organizar os esforços para redefinir as práticas de saúde, tentando articular a epidemiologia, o planejamento e a organização dos serviços (Teixeira, 2000). Naquele momento, a preocupação incidia sobre a possibilidade de reorganizar a prestação dos serviços, buscando a integração das diferentes lógicas existentes: a atenção à demanda espontânea, os programas especiais e a oferta organizada dos serviços, com base na identificação das necessidades de saúde da população.
A excessiva fragmentação observada na institucionalização das ações de ‘vigilância’ (epidemiológica, sanitária e ambiental) também é criticada no âmbito de sua construção conceitual.
Três vertentes apontam diferentes concepções em torno da noção de ‘vigilância em saúde’: uma primeira, que a entende como sinônimo de ‘análise de situações de saúde’, embora amplie o objeto da ‘vigilância epidemiológica’, abarcando não só as doenças transmissíveis, não incorpora as ações voltadas ao enfrentamento dos problemas. A segunda vertente concebe a ‘vigilância em saúde’ como integração institucional entre a ‘vigilância epidemiológica’ e a ‘vigilância sanitária’, resultando em reformas administrativas e, em alguns casos, no fortalecimento das ações de ‘vigilância sanitária’ e na articulação com os centros de saúde. Por fim, a terceira noção concebe a ‘vigilância em saúde’ como uma proposta de redefinição das práticas sanitárias, organizando processos de trabalho em saúde sob a forma de operações para enfrentar problemas que requerem atenção e acompanhamento contínuos. Estas operações devem se dar em territórios delimitados, nos diferentes períodos do processo saúde-doença, requerendo a combinação de diferentes tecnologias (Teixeira, Paim & Vilasboas, 1998). Nesta última concepção são revistos os sujeitos, os objetos, meios de trabalho e as formas de organização dos processos de trabalho envolvidos.
De acordo com Teixeira, Paim e Vilasboas (1998), o sistema de saúde brasileiro após a constituição de 1988 vem buscando construir modelos de atenção que respondam de forma eficaz e efetiva às reais necessidades da população brasileira, seja em sua totalidade, seja em suas especificidades locais. Os modelos hegemônicos atuais – o médico-assistencial, pautado na assistência médica e no hospital, e o modelo sanitarista, baseado em campanhas, programas e em ações de ‘vigilância epidemiológica’ e ‘sanitária’ – não conseguem mais responder à complexidade e diversidade dos problemas de saúde que circunscrevem o cidadão comum nesse início de século.
A busca por modelos alternativos que, sem negar os anteriores, conjuguem as ações de promoção, proteção e recuperação da saúde a outras formas de cuidado voltadas para qualidade de vida das coletividades, incorporando atores sociais antes excluídos do processo de produção da saúde, é estratégia para superar o ciclo biologicista, antropocêntrico, medicalizante e iatrogênico em que se encontra o sistema de saúde há quase um século.
A ‘vigilância em saúde’, entendida como rearticulação de saberes e de práticas sanitárias, indica um caminho fértil para a consolidação do ideário e princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Apoiada no conceito positivo do processo saúde-enfermidade, ela desloca radicalmente o olhar sobre o objeto da saúde pública – da doença para o modo de vida (as condições e estilos de vida) das pessoas. Entendida como uma ‘proposta de ação’ e uma ‘área de práticas’, a ‘vigilância em saúde’ apresenta as seguintes características: intervenção sobre problemas de saúde que requerem atenção e acompanhamento contínuos; adoção do conceito de risco; articulação entre ações promocionais, preventivas, curativas e reabilitadoras; atuação intersetorial; ação sobre o território; e intervenção sob a forma de operações (Paim & Almeida Filho, 2000).
Fundamentada em diferentes disciplinas (epidemiologia, geografia crítica, planificação em saúde, ciências sociais, pedagogia, comunicação etc.), a ‘vigilância em saúde’ recorre a uma ‘associação de tecnologias’ (materiais e não materiais) para enfrentar problemas (danos e riscos), necessidades e determinantes sócio-ambientais da saúde. Como combinação tecnológica estruturada para resolver questões postas pela realidade de saúde, a ‘vigilância em saúde’ tem sido reconhecida como um ‘modelo de atenção’ ou como um ‘modo tecnológico de intervenção em saúde’ (Paim & Almeida Filho, 2000) ou uma via para a construção e a implementação da diretriz da integralidade.
O pensar sistemático sobre o conhecimento, o objeto e o trabalho em saúde dá suporte para a operacionalização do trinômio ‘informação-decisão-ação’, dimensões estratégicas para o planejamento. Esta reflexão coloca tanto para o diagnóstico quanto para a ação a importância do olhar de cada ator social sobre o seu cotidiano. Portanto, os processos de trabalho da ‘vigilância em saúde’ apontam para o desenvolvimento de ações intersetoriais, visando responder com efetividade e eficácia aos problemas e necessidades de saúde de populações e de seus contextos geradores.
Para Carvalho (2005), embora a corrente da ‘vigilância em saúde’ venha contribuindo para a consolidação do SUS e aponte corretamente para a reorganização do modelo assistencial, é preciso indicar suas debilidades teóricas e práticas. A ‘vigilância em saúde’ tenderia a desconsiderar a importância do saber clínico acumulado ao longo da história, dando ênfase demasiada ao papel da epidemiologia e do planejamento na determinação das necessidades de saúde. O autor assinala ainda a subordinação do universo do sofrimento à lógica dos fatores e condições de risco presente na proposta da ‘vigilância em saúde’. Em nome do coletivo, esta tenderia a desconsiderar os planos do desejo e do interesse individual que conformam o sujeito. Por fim, à ênfase dada ao método epidemiológico na priorização dos problemas de saúde põe em questão a afirmação de que a ‘vigilância em saúde’ teria como objeto a saúde e não a doença.
Outra vertente de crítica diz respeito à intersetorialidade. Para Lefévre e Lefévre (2004), ao afirmar que a saúde é responsabilidade de todos setores (habitação, emprego, renda, meio ambiente etc.), a ‘vigilância em saúde’ esvaziaria a ação específica do setor saúde em detrimento de ações políticas globais com alto grau de generalidade.

A ÁREA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE
A crescente responsabilização dos municípios na organização das ações básicas de ‘vigilância em saúde’, conforme disposto no Pacto de Gestão (Brasil, 2006), vem indicando ao sistema de saúde a necessidade de formação dos trabalhadores desta área. A constituição e a consolidação próprias de cada uma das estruturas operacionais da ‘vigilância em saúde’ (epidemiológica, sanitária e ambiental) têm como legado a fragmentação institucional das ações e dos processos formativos. Quando organizadas em bases de conhecimentos e de práticas aparentemente independentes, as ‘vigilâncias’ desperdiçam um extraordinário potencial analítico e de intervenção sobre os condicionantes da produção social de saúde e doença.
A formulação de propostas para a educação profissional em saúde, muito embora possa representar importante colaboração para as mudanças almejadas, sempre encontrará limitações dadas pela própria cultura institucional e a organização das práticas de saúde. Para Paim & Almeida-Filho (2000, p. 81), “a revisão e o desenvolvimento curricular podem ser medidas necessárias para a reatualização das instituições de ensino face à reorganização das práticas de saúde, porém insuficientes para alterar o modo de produção dos agentes”.
A formação para o trabalho na ‘vigilância em saúde’ deve ter a pesquisa como eixo central para a realização da prática estratégica – informação/decisão/ação, através do reconhecimento do território/população, do domínio do planejamento como ferramenta capaz de mobilizar os diversos atores na resolução dos problemas identificados e da ação comunicativa (Paim & Almeida Filho, 2000).
Do mesmo modo, é importante adotar como referência para o projeto educativo o conceito de prática de saúde, o que significa privilegiar, num primeiro momento, as dimensões objetivas do processo de trabalho (objetos, meios e atividades), valorizando as relações técnicas e sociais que permeiam tais práticas assim como os aspectos simbólicos e as representações embutidas na interação dos agentes entre si, destes com segmentos da população e de ambos com as organizações e instituições (Paim & Almeida Filho, 2000).
Se o propósito for transformar as práticas de saúde mediante a redefinição de políticas e a reorganização dos processos de trabalho, não se pode subestimar a questão pedagógica. Cumpre assim aproveitar as oportunidades de mudança no modo de produção desses agentes, surgidas na conjuntura, buscando constituir novos sujeitos-agentes ético-políticos.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Mitos e verdades sobre a dermatite seborréica

Mitos e verdades sobre a dermatite seborréica




Cortar ou raspar os cabelos leva à cura da dermatite seborréica?
Mito: está comprovado que não há relação entre o tamanho do fio de cabelo e a presença de descamação. Dessa forma, cortar ou raspar os cabelos não leva à cura da doença, mas pode aliviar o quadro e ajudar no tratamento com xampus.


A dermatite seborréica é contagiosa?
Mito: sabe-se que a dermatite seborréica é uma doença constitucional, ou seja, relacionada às características do próprio paciente portador, não sendo transmitida por contato direto ou por objetos de uso pessoal.


A limpeza do couro cabeludo diminui a seborréia?
Verdade: a limpeza do couro cabeludo com xampus destinados a remover as escamas, a oleosidade e os fungos diminuem a seborréia. Mas o paciente também deverá eliminar os fatores agravantes e reguladores da doença.
Caspa é sinônimo de falta de higiene?
Mito: indivíduos portadores de dermatite seborréica causam repugnância em algumas pessoas, que associam a doença à falta de higiene da pele e dos cabelos. Não há, no entanto, relação. A dermatite causa produção contínua de sebo, mesmo quando os cabelos são lavados. O necessário é uma orientação correta em relação a xampus específicos a serem usados.
No inverno há piora da dermatite seborréica?
Verdade: o clima frio determina uma maior descamação do couro cabeludo, devido à maior velocidade de crescimento e maturação celular. Além dos banhos muito quentes, que pioram o estado seborréico.
O sol e a água do mar melhoram a dermatite seborréica?
Mito: Não há melhora do quadro. Seja qual for o tipo de cabelo, deverá haver proteção contra os malefícios do sol e da água do mar. Pode haver uma falsa melhora, com a diminuição da oleosidade por alguns dias.


Massagens capilares pioram o estado seborréico? Mito: Não há relação entre as massagens e piora ou melhora da dermatite seborréica.
Existem doenças que facilitam a presença da seborréia?
Verdade: Algumas doenças como diabetes, AIDS, distúrbios neurológicos (como mal de Parkinson e epilepsia) e obesidade, entre outras predispõem o indivíduo a desenvolver a doença. Nesses casos, ela é mais intensa e de difícil controle.
Alimentos gordurosos e a bebida alcoólica podem influenciar a dermatite seborréica?
Controverso: alguns pacientes relatam que a ingestão destes alimentos agravam o quadro. Mas não existem estudos comprovando a relação. De fato, se o paciente sente a piora, ele deve evitar o consumo.
O estado emocional de estresse e descontrole psíquico interferem na seborréia?
Verdade: esses fatores já foram comprovados cientificamente como agravantes da dermatite seborréica em pacientes predispostos.
Há relação hormonal com o estado de oleosidade da pele?
Verdade: o hormônio sexual masculino tem influência direta sobre as glândulas sebáceas, levando-as a um aumento e à hiperatividade. Consequentemente, há maior produção de sebo. O sexo masculino é, por isso, mais acometido.
A dermatite seborréica pode levar à queda de cabelos?
Verdade: cerca de 72% dos indivíduos acometidos pela doença apresentam algum grau de queda, que pode ser controlada com o tratamento.
Existem alguns medicamentos que produzem a dermatite seborréica?
Mito: existem alguns medicamentos que levam a um quadro dermatológico semelhante ao de dermatite seborréica, com oleosidade e descamação do couro cabeludo e da pele. Entre eles estão o arsênico, sais de ouro, metildopa, cimetidina e neurolépticos. Com a suspensão do medicamento, há melhora e regressão do quadro.
Lavar os cabelos todos os dias prejudica a raiz, levando à queda?
Mito: a lavagem diária dos cabelos não interfere nos bulbos capilares. Os fios que caem durante a lavagem já estão em fase de queda e cairiam de qualquer forma. Apenas a superfície da pele se embebe com água. Não há penetração na raiz e não há, portanto, apodrecimento dos cabelos.
O uso contínuo de xampus terapêuticos resseca os cabelos e consequentemente os enfraquece?
Mito: o ressecamento dos cabelos está relacionado às propriedades cosméticas e farmacêuticas de cada xampu. Assim, algumas substâncias adicionadas ao xampu não deixam ressecar os fios de cabelo e facilitam o penteado.
O uso de condicionador pode causar queda de cabelos?
Mito: os condicionadores não interferem na fase da queda dos cabelos. Assim, em pessoas sem predisposição para a queda de cabelos, estes produtos não alteram o ciclo dos pêlos.

Fonte: Maura Simões Bressan, médica do Serviço de Dermatologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Texto extraído da palestra proferida na ocasião do lançamento do produto Ortosol P, do Laboratório Galderma

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

COMPLICAÇÕES INTRA-OPERATÓRIAS POTENCIAIS E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

COMPLICAÇÕES INTRA-OPERATÓRIAS POTENCIAIS E A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM


O paciente cirúrgico está sujeito a diversos riscos e as complicações intra-operatórias potenciais. Cabe a nós enfermeiros estarmos atentos quanto às anormalidades e comunicá-las ao anestesista e aos cirurgiões, o mais rápido possível no sentido de diminuir estas complicações apresentadas. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi identificar as complicações intra-operatória potenciais e as melhores implicações para a assistência de enfermagem. Enfatizando a etapa de coleta de dados, assim, nos propusemos a pesquisar o que a enfermagem tem descrito sobre esse tema. Esperamos que desta forma assistência humanizada ao paciente, por meio de uma sistematização da assistência mais perfeita, pois é o meio pelo qual o enfermeiro consegue atender legitimamente as necessidades do paciente no intra-operatório.
PALAVRAS-CHAVE: Intra-Operatório, Complicações, Assistência de Enfermagem.

INTRODUÇÃO

Segundo Nettina (2003), a finalidade da anestesia é propiciar analgesia, sedação e relaxamento muscular apropriado para o tipo de procedimento cirúrgico e deste modo controlar o sistema nervoso autonômico. Mas doses excessivas de anestésico, assim como, uma não preparação psicológica, espiritual e fisiológica do paciente na visita domiciliar e no período pré-operatório contribuem ainda mais para complicações intra-operatórias.

O paciente cirúrgico está sujeito a diversos riscos e as complicações intra-operatórias potenciais compreendem náuseas, vômitos, anafilaxia, hipóxia, hipotermia, hipertemia maligna e coagulação intravascular disseminada, dentre outras. Cabe a nós enfermeiros estarmos atentos quanto às anormalidades e comunicar ao anestesista e cirurgião, o mais rápido possível no sentido de diminuir as complicações apresentadas (SMELTZER e BARE, 2004).

O enfermeiro intra-operatório tem uma posição de liderança no contexto da implementação na assistência de enfermagem baseada em evidências, sendo que este atua constantemente com a equipe anestésico-cirúrgica e surge oportunidade na identificação de problemas potenciais relevantes no ato cirúrgico, uma vez que na enfermagem intra-operatória, avalia as complicações baseadas em evidências clínicas ou na opinião dos profissionais com objetivo de prestar uma melhor assistência.

Para Moloney e Maggs (1999) Apud Poveda (2005), a revisão sistemática na enfermagem pode identificar os efeitos benéficos de diferentes intervenções no intra-operatório visando uma prática assistencial, bem como estabelecer lacunas do conhecimento e identificar qual a extensão da complicação intra-operatória e as melhores implicações para a assistência de enfermagem prestada ao paciente.

Segundo as informações levantadas, surge o seguinte questionamento: Quais as complicações intra-operatória potenciais e as melhores implicações para a assistência de enfermagem prestada ao paciente?

Desta forma, temos como objetivo geral identificar as complicações intra-operatória potenciais e as melhores implicações para a assistência de enfermagem prestada ao paciente, e como objetivos específicos analisar os fatores de risco para o desenvolvimento de complicações no intra-operatório, avaliar assistência de enfermagem prestada aos pacientes no período intra-operatório, averiguar os cuidados prestados pelos enfermeiros no intra-operatório, avaliar a participação dos profissionais de enfermagem na promoção de saúde, identificar as medidas preventivas visando à educação em saúde.

A finalidade do presente estudo consiste em propor uma assistência ao paciente com complicações intra-operatórias, ressaltando a acuidade na aplicabilidade adequada das intervenções, na intenção de amenizar e reverter essas complicações. Esses são aspectos na diminuição das sequelas pós-operatórias e consequentemente na prevenção de outras patologias associadas.

Assim, justifica também a ação do enfermeiro em intervir no momento correto, indispensável para o tratamento cirúrgico, além disso, adequar programas de visitas domiciliares nas cirurgias eletivas, em busca de dados do paciente como reações a alguns medicamentos e alimentos, uso do tabaco, as funções fisiológicas, os aspectos psicossociais e espirituais, com o objetivo de identificar e tratar quaisquer complicações ou ainda adiar a cirurgia se necessário.

Realizamos o levantamento bibliográfico, no período de julho a novembro de 2008, bem como a análise descritiva e exploratória, que teve por finalidade investigar, na literatura, livros, revistas e artigos, que discorressem sobre as complicações intra-operatória potenciais e as melhores implicações para a assistência de enfermagem prestada ao paciente.

Enfatizando a etapa de coleta de dados, assim, nos propusemos a pesquisar o que a enfermagem tem descrito sobre esses temas e de que forma a assistência de enfermagem esta sendo prestada no intra-operatório.

DESENVOLVIMENTO

Salienta Galvão et al (2004), que o enfermeiro utiliza o processo de enfermagem como metodologia assistencial para o planejamento e implementação dos cuidados de enfermagem no período intra-operatório. Pois necessita avaliar o paciente com todo, durante o transcorrer do procedimento anestésico-cirúrgico.

Levando em consideração a pessoa do paciente, a gravidade de sua doença, seu estado de saúde, a necessidade da realização do ato operatório, a segurança e a proteção da equipe de enfermagem, bem como os aspectos ético-legais, podemos propor algumas medidas em diferentes situações.

A náusea e o vômito, ou regurgitação, podem afetar os paciente durante o período intra-operatório. Se ocorrer o engasgo, o paciente deve ser virado de lado, a cabeceira da mesa abaixada e uma cuba é fornecida para coletar o vômito (SMELTZER e BARE, 2004).

Afirmam Smeltzer e Bare (2002), que o posicionamento cirúrgico somado às ações das medicações anestésicas gerais, acabam potencializando os riscos de inalação dos conteúdos gástricos.

Para Smeltzer e Bare (2004), em alguns casos o anestesista ou o cirurgião principal administra antieméticos, no período pré-operatório ou intra-operatório, para se contrapor à possível aspiração. Se o paciente aspira o vômito, deflagra-se uma crise semelhante à asma, com espasmos brônquicos graves e sibilos. A pneumonite e o edema pulmonar podem se desenvolver de forma subsequente, levando à hipóxia extrema. Está sendo dada uma crescente atenção para a regurgitação silenciosa do conteúdo gástrico, o que ocorre com maior frequência do que se imaginava anteriormente.

A aspiração é empregada para remover a saliva e o conteúdo gástrico vomitado. Não existe maneira isolada para evitar as náuseas e os vômitos; o melhor é uma conduta interdisciplinar envolvendo o cirurgião, anestesiologista ou anestesista e a equipe de enfermagem (SMELTZER e BARE, 2004).

Quanto ao diagnóstico de enfermagem de risco para aspiração Knobel (1998) Apud Pra e Piccoli (2004), coloca que os pacientes com depressão do nível de consciência, incapazes de deglutir ou tossir, estão em risco de contaminações pelo conteúdo gástrico, conteúdo traqueobrônquico ou pulmonar contralateral.

Compete ao enfermeiro monitorar a possibilidade da aspiração de resíduos gástricos, observando os indicadores de intolerância à sonda nasogástrica, investigar o desenvolvimento de dispnéia, tosse, taquipnéia, cianose. Auscultar os sons respiratórios (DOENGES ET AL, 2003).

Relatam Smeltzer e Bare (2004), assim como a qualquer momento que uma substância não-própria é introduzida no paciente, existe o potencial para uma reação anafilática. Como os medicamentos são a causa mais comum de anafilaxia, os enfermeiros intra-operatórias devem estar cientes do tipo e método de anestesia utilizada, bem como os dos agentes específicos. Uma reação anafilática pode ocorrer em resposta a muitos medicamentos, látex ou outras substâncias. Embora essas reações sejam raras, o enfermeiro deve ficar alerta para a possibilidade e observar o paciente para as alterações nos sinas vitais e sintomas de anafilaxia.

Admite Nettina (2003), que o enfermeiro deve estabelecer e manter as vias aéreas adequadas, administrar oxigênio conforme necessário, monitorar continuamente a pressão arterial, administrar infusão rápida de líquidos IV, para preencher o sistema circulatório vasodilatado e aumentar a pressão arterial, monitorar a pressão venosa central, para garantir o volume hídrico adequado e evitar a sobre carga hídrica, inserir sonda de demora e monitorar o débito urinário a cada hora, visando garantir a perfusão renal.

A ventilação inadequada, a oclusão da via aérea, a intubação inadvertida do esôfago e a hipóxia são problemas potenciais significativos da anestesia geral. Muitos fatores podem contribuir para a ventilação inadequada. A depressão respiratória causada por agentes anestésicos, aspiração de secreções do trato respiratório ou vômito, e a posição do paciente na mesa de cirurgia podem comprometer a troca gasosa. A variação anatômica pode dificultar a visualização da traquéia e resultar na introdução da via aérea artificial no esôfago em lugar da traquéia. Além desses perigos, podem ocorrer as asfixias causadas por corpos estranhos na boca, espasmo das cordas vocais, relaxamento da língua ou aspiração de vômitos, saliva ou sangue. Como a lesão cerebral devido à hipóxia ocorre dentro de minutos, o exame vigilante do estado de oxigenação do paciente é uma função primária do anestesiologista ou anestesista e do enfermeiro circulante. A perfusão periférica é frequentemente verificada, sendo os valores da oximetria de pulso monitorados de maneira contínua (SMELTZER e BARE, 2004).

Risco para função respiratória alterada, relacionado à diminuição dos níveis de consciência pelos efeitos sedativos da medicação, assim como a paralisação muscular secundárias ao procedimento anestésico-cirúrgico (NANDA, 2002).

Cabe ao enfermeiro avaliar a função respiratória observando respirações rápidas, superficiais, dispnéia e o desenvolvimento de cianose, alterações nos sinais vitais, auscultar sons respiratórios, observar a excursão torácica e a posição da traquéia, examinar frêmito, monitorar quanto ao padrão respiratório sincronizado quando em uso de ventilador mecânico (DOENGES ET AL, 2003).

Descreve Kawamoto (1986) citado por Prá e Piccoli (2004), que as drogas anestésicas resultam em depressão do sistema nervoso fazendo com que o paciente na sala de operação, em geral, apresente-se hipotérmico.

Logo, Smeltzer e Bare (2004), relatam que no ato anestésico, a temperatura do paciente pode cair. Porque o metabolismo de glicose mostra-se reduzido, e, em consequência disso, a acidose metabólica pode desenvolver-se. Essa condição é chamada de hipotermia e é indicada por uma temperatura corporal central abaixo da normal (36,6ºC ou menos).

Portanto, afirmam Graven e Hirnle (2006), que na cirurgia, por inúmeros fatores, incluindo a temperatura ambiente diminuída na sala de cirurgia, a perda sanguínea, a administração de líquidos intravenosos (IV), a exposição da área de superfície corporal, as soluções frias de preparação cutânea e a consciência diminuída, podem levar também à hipotermia. Além disso, a idade do cliente pode afetar a termorregulação.

Igualmente, relata Nanda (2002), que o risco para temperatura corporal desequilibrada, está relacionado ao risco de não conseguir manter a temperatura corporal equilibrada.

Para Smeltzer e Bare (2004), prevenir a hipotermia é uma meta importante. Se a hipotermia acontece, o objetivo da intervenção do enfermeiro consiste em minimizar ou reverter o processo fisiológico. A finalidade reside no retorno seguro à temperatura corporal normal.

No entanto, reforçam Graven e Hirnle (2006), que a assistência do enfermeiro é fornecer cobertores aquecidos, usar aparelhos de aquecimento elétrico, aquecer as preparações cutâneas e as soluções (IV) e minimizar a exposição da superfície corporal ajuda a aliviar a perda calórica temporal.

Outro problema cirúrgico potencial da regulação da temperatura corporal é a hipertermia maligna, um distúrbio hipermetabólico da musculatura esquelética que pode ser induzido por alguns agentes anestésicos, inclusive determinados inalantes e relaxantes musculares (SMELTZER e BARE, 2004).

Mas para Graven e Hirnle (2006), a hipertermia maligna é um distúrbio muscular hereditário, quimicamente induzido por agentes anestésicos, os clientes que apresentam uma historia familiar positiva são particularmente suscetíveis. Essa complicação manifesta-se por rigidez do músculo masseter (mandíbula) e disritmias ventriculares, as quais estão associadas à taquipnéia (respirações rápidas), cianose, manchas na pele e pressão arterial instável. Esses sintomas são seguidos por um aumento na temperatura corporal (possivelmente 1°C a cada 5 minutos, quando não-retirada).

As pessoas suscetíveis incluem aquelas com músculos fortes e volumosos, uma história de cãibras musculares ou fraqueza muscular e elevação inexplicada da temperatura, e a morte inexplicada de um membro da família durante a cirurgia que foi acompanhada por uma resposta febril (SMELTZER e BARE, 2004).

É mais provável que tal complicação mortal ocorra em pessoas mais jovens, gerando um acúmulo intracelular anormal e excessivo de cálcio com o resultante hipermetabolismo e contração muscular aumentada (NETTINA, 2003).

Embora a hipertermia maligna geralmente se apresente em torno de 10 a 20 minutos depois da indução da anestesia, ela também pode ocorrer nas primeiras 24 horas depois da cirurgia. Logo que o diagnóstico seja feito, a anestesia e a cirurgia são interrompidas e o paciente é hiperventilado com oxigênio a 100%. O dantrolene sódico, um relaxante da musculatura esquelética, e o bicarbonato de sódio são administrados de imediato. A monitoração contínua de todos os parâmetros é necessária para avaliar o estado do paciente (SMELTZER e BARE, 2004).

Para Smeltzer e Bare (2004), é primordial que o médico, o anestesista e a equipe de enfermagem reconheçam os sintomas precocemente e interrompam a anestesia de imediato. As metas do tratamento são diminuir o metabolismo, reverter a acidose metabólica e respiratória, corrigir as disritmias, diminuir a temperatura corporal, fornecer oxigênio e nutrientes para os tecidos e corrigir o desequilíbrio eletrolítico. A Malignant Hyperthermia Association of North América (MHAUS) publica um protocolo de tratamento que deve ser afixado na sala de cirurgia ou estar prontamente disponível em um carrinho de hipertermia maligna.

Ressaltam Graven e Hirnle (2006), que a febre possa ser um sinal tardio da hipertermia maligna. Por conseguinte, além de identificar as pessoas suscetíveis, os enfermeiros devem monitorar a rigidez muscular e a temperatura corporal com rigor durante a cirurgia para todos os clientes.

Contudo, Smeltzer e Bare (2004), dizem que embora a hipertermia maligna seja raro, o enfermeiro deve identificar os pacientes em risco, reconhecer os sinais e sintomas, ter o medicamento e o equipamento apropriado disponíveis e estar instruído sobre o protocolo. Essa informação pode salvar a vida.

A coagulação intravascular disseminada é uma condição com risco de vida caracterizada pela formação de trombo e depleção de determinadas proteínas da coagulação. A causa exata é desconhecida, mas os fatores predisponentes incluem muitas condições que podem acontecer com a cirurgia de emergência, com o trauma maciço, trauma de crânio, transfusão maciça, envolvimento hepático ou renal, eventos embólicos ou choque (SMELTZER e BARE, 2004).

Descreve Nettina (2003), perfusão tissular prejudica relacionada à diminuição do fluxo sanguíneo. Competi ao enfermeiro realizar frequentes verificações do membro afetado, inspecionar o membro inferior, pé para novas áreas de ulceração existente, fornecer e estimular a dieta bem-equilibrada, para melhor a cicatrização da lesão, estimular a deambulação ou realização dos exercícios de amplitude de movimento, para aumentar o fluxo sanguíneo, o que pode aumentar a circulação central, e administrar anti-coagulantes conforme prescrição médica.

CONCLUSÃO

Compreendemos que o enfermeiro ao observar o paciente no pré-operatório necessita acompanhar o procedimento anestésico-cirúrgico, assim como nortear as ações de enfermagem a serem realizadas no período trans-operatório.

Acreditamos que desta forma ocorrerá uma melhor assistência individualizada e humanizada ao paciente, por meio de uma sistematização da assistência mais perfeita, pois é o meio pelo qual o enfermeiro consegue atender legitimamente as necessidades do paciente.

Por isso entende-se o valor do enfermeiro no intra-operatório, pois o mesmo deve estar sistematizando a assistência, por meio da qual será possível levantar os possíveis diagnósticos de enfermagem do paciente e a partir destes traçar os cuidados de enfermagem a serem realizados no período intra-operatório, considerando que por meio da identificação dos diagnósticos de enfermagem podemos planejar, prescrever e programar as condutas de enfermagem proporcionando ao paciente uma assistência humanizada e de qualidade.

REFERÊNCIAS:

DOENGES, E. Marilynn.; MOORHOUSE, F. Mary.; GEISSLER, C.; Aline. Plano de Cuidados de Enfermagem 5ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

GALVÃO, C. M.; SAWADA, N.O. TREVIZAN, M.A. Revisão sistemática: recurso que proporciona a incorporação das evidências na prática da enfermagem, 2004.

GRAVEN, Ruth F.; HIRNLE, Constance J.: Fudamentos de Enfemagem 4ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006.

NANDA. North American Nursing Diagnosis Association. Diagnósticos de enfermagem: definições e classificações. Porto Alegre: Artes Médicas, 2002.

NETTINA, Sandra M.: Prática de Enfermagem. 7ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

SMELTZER, Suzanne C.; BARE, Brenda G.: Tratado de Enfermagem Médico-Cirúgica, vol. 2. 10ª ed. Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro RJ, 2004.

______________________ Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

PRÁ, L. A.; PICCOLI, M. - Enfermagem perioperatória: diagnósticos de enfermagem fundamentados na teoria de Ida Jean Orlando. Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 06, nº 02, 2004. Disponível em: http://www.revistas.ufg.br/index.php/fen.

POVEDA, Vanessa de Brito; PICCOLI, Marister; GALVÃO, Cristinha Maria; SAWADA, Namie Okino. Métodos de prevenção e reaquecimento do paciente para o perioperatório.Revista Eletrônica de Enfermagem, v. 07, n. 03, p. 266 - 272, 2005. Disponível em http://www.fen.ufg.br/Revista/revista7_3/original_02.htm. Acesso em: 02.08.2008.