domingo, 9 de outubro de 2011

Afta

AFTA
As úlceras orais, também chamadas de úlceras aftosas, estomatites aftóides ou simplesmente aftas, são lesões muito comuns da mucosa oral. Neste texto vamos explicar o que são as aftas, quais suas causas e possíveis tratamentos.


Aftas são lesões benignas que não costumam causar maiores problemas além do desconforto. Porém, algumas doenças mais graves da cavidade oral podem se manifestar com lesões ulceradas muito semelhantes, o que pode causar alguma confusão. Um exemplo é o câncer da cavidade oral, que nas fases inicias pode se parecer com uma afta.

Vamos primeiro falar da afta simples. Na parte final do texto descreveremos as outras úlceras orais que merecem maior cuidado.

O que é uma afta?


A afta é uma úlcera que pode surgir em qualquer ponto da cavidade oral: língua, lábios, gengiva, garganta, úvula... São lesões ovais, esbranquiçadas (às vezes amareladas), rasas e limpas, ou seja, não apresentam pus, bactérias ou outros sinais de infecção. Podem ser únicas ou múltiplas, pequenas ou grandes.



Todo mundo já teve pelo menos uma afta ao longo da vida; 20% da população sofre com aftas recorrentes. São mais comuns em pré-adolescentes, adolescentes e adultos jovens, tendendo a diminuir sua incidência com o passar do anos.

Apesar de serem lesões benignas, as aftas são muito dolorosas e muitas vezes atrapalham atividades simples como falar, comer e beijar. Por maior e mais numerosas que sejam, não são causas de mau-hálito (leia: SAIBA COMO ACABAR COM O MAU HÁLITO).


As aftas não são contagiosas, mas as suas causas não estão completamente esclarecidas. Parecem ser causadas por desbalanços no sistema imune. Alguns dos gatilhos conhecidos são:


- Traumas locais, como mordidas acidentais.
- Estresse psicológico.
- Poucas horas de sono.
- Helicobacter pylori, a mesma bactéria que causa úlcera gástrica (leia: Como e quando tratar o H.Pylori (Helicobacter pylori ).
- Algumas pastas de dentes que contenham sódio-lauril-sulfato.
- Refluxo gastro-esofágico (leia: HÉRNIA DE HIATO E REFLUXO GASTROESOFÁGICO).
- Comidas como chocolate, café e bebidas ácidas.
- Cigarro (leia: COMO E PORQUE PARAR DE FUMAR CIGARRO ).
- Alterações hormonais durante o ciclo menstrual.
- Deficiência de algumas vitaminas e minerais como : vit.B12 e vit. C, zinco, ferro e ácido fólico.
- Drogas como anti-inflamatórios (leia: AÇÃO E EFEITOS COLATERAIS DOS ANTI-INFLAMATÓRIOS), Rapamicina, Metotrexate, Aspirina e Atenolol.


Algumas pessoas que tenham o costume de deitar pouco tempo depois da última refeição, podem apresentar aftas recorrentes. Este fato provavelmente está relacionado a algum grau de refluxo gastro-esofágico, que leva ao aumento da acidez da cavidade oral. As aftas costumam aparecer um ou dois dias depois, fazendo com que os pacientes, muitas vezes, não relacionem um fato ao outro.

A maioria das aftas dura em média de uma a duas semanas e costuma curar sem deixar cicatriz. As aftas que demoram mais tempo para curar são aquelas que surgem em locais onde há contato constante com os dentes ou com alimentos, sofrendo traumatismos repetidos ao longo do dia.

Algumas pessoas apresentam aftas grandes, chamadas de aftas major, maiores que 1cm e profundas. Estas demoram até seis semanas para desaparecer e podem deixar cicatriz. Existe ainda a afta herpetiforme, formada por múltiplas úlceras pequenas que se juntam e transformam-se em uma lesão grande.

As aftas podem vir acompanhadas de linfonodos no pescoço (ínguas) e, por vezes, de febre baixa e mal estar.

Se você tem dúvidas em relação às diferenças da afta e do herpes labial, sugerimos a leitura do texto: FOTOS | Diferenças entre afta e herpes labial.

Tratamento para afta | Remédio para afta

Não existe remédio milagroso para afta. Nenhuma substância cura a úlcera de um dia para o outro. Como a afta costuma durar até duas semanas, os tratamentos atuais visam acelerar o processo de cicatrização da lesão.

É importante distinguir as pomadas que contém apenas anestésicos, que servem apenas para alívio sintomáticos, daquelas com corticóides e anti-inflamatórios em sua fórmula, que efetivamente podem acelerar a cicatrização.

Os dois medicamentos mais usados para este fim são:
- Amlexanox (Aphthasol®)
- Acetonido de triancinolona (OMCILON- A ®)

O Amlexanox é o que tem apresentado os melhores resultados nos trabalhos científicos.

Na internet é muito fácil achar inúmeras receitas caseiras para tratar as aftas. Deve-se ter cuidado com o que se aplica na lesão para não aumentar a inflamação e piorar o quadro.

Algumas opções aceitáveis, porém não tão efetivas, são:
- Bochechar solução feita com uma colher de leite de magnésia ou bicarbonato de sódio diluído em copo de água.
- Diluir água oxigenada em água comum e aplicar com cotonete diretamente na afta.
- Misturar Difenidramina (Benadryl®) com leite de magnésia e bochechar.

Evite contato direto de substâncias abrasivas puras, como álcool ou bicarbonato em pó. Isto pode irritar a lesão e piorar o quadro. Quando usar diluições para bochechos, sempre cuspa o líquido no final, nunca o engula.


Quando se preocupar com uma afta?

Apesar de benigna na imensa maioria dos casos, a afta pode ser uma manifestação de doenças sistêmicas ou pode ser confundida com lesões graves, como neoplasia da cavidade oral.

Uma consulta com o dentista ou médico estomatologista deve ser avaliada quando:

- a afta for excepcionalmente grande.
- as aftas forem recorrentes com surgimentos de novas logo após a cicatrização das primeiras.
- a afta demorar mais de 3 semanas para cicatrizar.
- houver sinais de infecção na área da afta.
- houver sintomas sistêmicos (febre, perda de peso, perda do apetite ...) que sugiram a presença de alguma doença por trás das aftas.
- houver febre.
- houver úlceras também nos órgãos genitais.

Quais doenças cursam com aftas ou lesões semelhantes?

Normalmente as úlceras orais causadas por doenças sistêmicas são múltiplas e recorrentes. Costumam ter algumas características diferentes das aftas comuns e são acompanhados de outros sintomas.

No Lúpus (leia: LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO ( LES )), a aftas costumam ser indolores e acompanhadas de lesões de pele e dores nas articulações, ale´m de sintomas sistêmicos como febre baixa e cansaço.

Na doença de Behcet, também uma doença autoimune (leia: DOENÇA AUTO-IMUNE), as aftas são múltiplas, recorrentes e acompanhadas de úlceras também nos órgãos genitais. Também é comum haver lesões nos olhos.

Na doença celíaca e na doença de Crohn (leia: ENTENDA A DOENÇA DE CROHN E A RETOCOLITE ULCERATIVA), as aftas vêm em conjunto com sintomas intestinais, como diarréia e sangue nas fezes (leia: DIARRÉIA. SINAIS DE GRAVIDADE E TRATAMENTO e SANGUE NAS FEZES E HEMORRAGIA DIGESTIVA ).

Neutropenia, que é a queda no número de neutrófilos (um tipo de glóbulo branco) no sangue, também é causa de úlceras orais. Normalmente é visto em doentes em quimioterapia, mas pode ocorrer em qualquer doença ou medicamento que cause neutropenia. (leia: HEMOGRAMA | Entenda os seus resultados.).

Várias infecções podem causar úlceras orais semelhantes a aftas:

O vírus HIV pode causar úlceras orais em fases avançadas (quando já há critérios para AIDS) e também na fase aguda da infecção pelo vírus (leia: SINTOMAS DO HIV E AIDS (SIDA) ).

Infecção pelo Coxsackie virus (herpangina), muito comum em crianças, pode cursar com dores de garganta, febre, pequenas úlceras orais e lesões nas palmas das mãos e plantas dos pés.

A sífilis, tanto a fase primária como a secundária podem cursar com úlceras orais. Normalmente são múltiplas e na fase secundária demoram a cicatrizar (leia: SINTOMAS DA SÍFILIS).

O herpes labial (leia: HERPES LABIAL E GENITAL) se apresenta como vesículas que podem virar pequenas úlceras após romperem-se. O aspecto não é muito parecido com afta, mas pode ser confundido por leigos. São duas doenças diferentes, com etiologias e tratamentos distintos (leia: DIFERENÇAS ENTRE HERPES E AFTA).

Alguns cânceres da cavidade oral podem se apresentar como ulcerações, sendo inicialmente confundidos com aftas comuns (leia: CÂNCER (CANCRO) - SINTOMAS E DEFINIÇÕES). Por isso, toda afta que demora a cicatrizar deve ser avaliada por um médico, principalmente se o paciente for fumante.


Leia o texto original no site MD.Saúde: AFTA | CAUSAS E TRATAMENTO http://www.mdsaude.com/2009/08/afta.html#ixzz1aJF8S8jl

terça-feira, 4 de outubro de 2011

RESPOSTA SOBRE O ESTALAR DOS DEDOS

RESPOSTA SOBRE O ESTALAR DOS DEDOS


As articulações produzem esse ruído quando se formam bolhas no fluido que circunda a articulação.
As articulações são os pontos de encontro de dois ossos, que se mantêm juntos devido aos tecidos conectivos e ligamentos. Todas as articulações do nosso corpo são lubrificadas pelo liquido sinovial. Quando você estala seus dedos, faz com que os ossos da articulação se separem. Ao se separarem, a cápsula de tecido conectivo que circunda a articulação é alongada. Alongando essa cápsula, você aumenta seu volume e esse aumento provoca uma diminuição de pressão. Com a diminuição da pressão do fluido sinovial, os gases dissolvidos no fluido ficam menos solúveis, formando bolhas através de um processo chamado cavitação. Quando a articulação é bastante alongada, a pressão na cápsula diminui tanto que essas bolhas estouram, produzindo o barulho que associamos ao estalo dos nós.

Leva cerca 30 minutos para que o gás se dissolva novamente no fluido da articulação. Durante esse período, os nós não estalarão. Assim que o gás é redissolvido, a cavitação volta a ser possível e você pode começar a estalar de novo

Exames Para Avaliar Função Hepática

PROVAS DE FUNÇÃO HEPÁTICA


Os seguintes exames são os utilizados para avaliação da função do fígado:


TGO (Transaminase Glutâmico-Pirúvica) ou AST (Aspartato aminotranferase)
Diferentemente da transaminase glutâmico-pirúvica (TGP), a transaminase glutâmico-oxalacética (TGO) não é exclusivamente utilizada para a avaliação da integridade dos hepatócitos. A determinação da atividade sérica dessa enzima pode ser útil em hepatopatias e miopatias. Na fase aguda da hepatite viral, valores de TGO superiores ao normal em cerca de 20 vezes ou mais são quase sempre encontrados. Seus níveis também se elevam na hepatite alcoólica e em necroses hepatocíticas tóxicas ou isquêmicas, assim como na mononucleose, na qual, entretanto, a desidrogenase láctica (DHL) aumenta mais.
- Em miopatias, são também observados aumentos de TGO, da mesma forma que de outras enzimas, como a creatinofosfoquinase (CPK) e a DHL. A TGO ainda pode se elevar em infartos renais e pulmonares ou em grandes tumores, sendo acompanhada, em tais casos, de aumentos de DHL, e igualmente no mixedema, nas anemias hemolíticas e em choque. Como a enzima está presente nos eritrócitos, a ocorrência de hemólise amplia sua atividade no soro.

TGP (Transaminase Glutâmico-Pirúvica) ou ALT (Alanina aminotransferase)
O teste tem utilidade na avaliação de hepatopatias, tendo sensibilidade para detectar lesão hepatocítica e sendo recomendado para o rastreamento de hepatites. Aumentos de transaminase glutâmico-pirúvica (TGP) podem ocasionalmente ser vistos em doenças extra-hepáticas, como miopatias. A presença de outras enzimas, como creatinofosfoquinase (CPK), desidrogenase láctica (DHL), aldolase e transaminase glutâmico-oxalacética (TGO), pode definir o estado de miopatia. A TGP é menos sensível que a TGO para a avaliação de hepatopatia alcoólica.

TP/AP (Tempo de Protrombina/Atividade da Protrombina)
- O tempo de protrombina (TP) consiste no tempo necessário para a formação do coágulo de fibrina após a adição de tromboplastina e cálcio ao plasma. O teste avalia o sistema extrínseco da coagulação, pois é sensível a reduções dos fatores VII, X,V, II (protrombina) e I (fibrinogênio), sendo usado na avaliação de alterações congênitas e adquiridas dos fatores dessa via da coagulação, na monitorização da anticoagulação oral e como teste de triagem pré-operatório.
- O TP está prolongado nas seguintes condições:
-- deficiências de fatores VII, X,V, II (protrombina) e I (fibrinogênio);
-- durante o uso de anticoagulantes orais;
-- na presença de inibidores específicos (anticoagulante lúpico);
-- doenças hepáticas;
-- desordens do metabolismo da vitamina K (deficiência de síntese ou de absorção);
-- na presença de produtos de degradação da fibrina (PDF);
-- coagulação intravascular disseminada (CIVD);
-- disfibrinogenemia, afibrinogenemia e hipofibrinogenemia (menor que 100 mg/dL).
- Em pessoas que usam anticoagulante oral, a estabilização do TP só é atingida em torno de 6 a 10 dias após o início dessa terapêutica e, quando o anticoagulante é suspenso, são necessários de 4 a 7 dias para que o TP volte a níveis normais. A administração de vitamina K parenteral reverte a ação dos anticoagulantes orais de 12 a 14 horas após seu uso.
- Na fase estável de anticoagulação oral, os indivíduos devem ser monitorados com resultados de TP expressos em INR. Na maioria dos casos de uso de anticoagulante oral, o INR tem de ser mantido entre 2,0 e 3,0. As exceções ficam por conta de portadores de válvula cardíaca mecânica, de pessoas com recidiva de trombose (quando esta recidiva ocorreu em vigência de nível terapêutico entre 2,0 e 3,0) e de portadores de síndrome antifosfolipídica, quando podem ser consideradas faixas terapêuticas de INR acima de 3,0.
- É importante lembrar o efeito que medicamentos, alimentação e outras situações causam no resultado deste teste.

GGT ou GAMA-GT (Gamaglutamiltransferase)
A gamaglutamiltransferase (gama-GT) catalisa a transferência do ácido glutâmico de um peptídeo para outro, ligando-o sempre ao grupo gamacarboxílico. Essa enzima parece também facilitar a transferência transmembrana do ácido glutâmico. Assim, o exame contribui para a avaliação das hepatopatias agudas e crônicas, uma vez que a atividade da gama-GT fica elevada nos quadros de colestase intra ou extra-hepática. Os níveis da atividade da enzima também aumentam na doença hepática alcoólica aguda ou crônica e nas neoplasias primárias ou metastáticas. Eventualmente, a dosagem da gama-GT pode ser utilizada na comprovação do uso de álcool. Nesse caso, porém, é importante afastar outras causas de sua elevação.

FA ou FOSFATASE ALCALINA
A determinação da fosfatase alcalina é útil na avaliação e no seguimento de hepatopatias e processos colestáticos em geral, assim como no diagnóstico e no acompanhamento de processos ósseos que resultam em aumento de sua atividade. Não se trata de uma enzima única, mas de uma família de isoenzimas, de origens variadas, principalmente hepática e óssea.

BILIRRIBINAS
A determinação da bilirrubina total e de suas frações é útil na avaliação de hepatopatias, de quadros hemolíticos e, em particular, da icterícia do recém-nascido. Além da eritroblastose fetal, outras causas de icterícia no recém-nascido incluem icterícia fisiológica, reabsorção de hematoma, hipotiroidismo, obstrução das vias biliares, galactosemia, sífilis, toxoplasmose, citomegalia, rubéola, deficiência de glicose-6-fosfato desidrogenase (G6PD) e esferocitose.

PROTEÍNAS TOTAIS E FRAÇÕES
O teste é útil na avaliação das hipoproteinemias, quer por defeito de síntese protéica, como ocorre nas hepatopatias e na desnutrição, quer por perda protéica, como na síndrome nefrótica e na enteropatia com perda proteica. As globulinas podem estar elevadas à custa de suas frações alfa-1, alfa-2, beta ou gamaglobulina, o que é possível identificar por meio da eletroforese de proteínas

ELETROFORESE DE PROTEÍNAS
O exame é útil na caracterização de disproteinemias, das quais as mais comuns são:
-- hipoalbuminemia, encontrada na síndrome nefrótica, na cirrose hepática, na desnutrição, na enteropatia com perda protéica e nos processos inflamatórios crônicos;
-- hipogamaglobulinemia primária e secundária, presentes no mieloma múltiplo ou na doença de cadeias leves;
-- hipergamaglobulinemia policlonal, observada na cirrose hepática, nas infecções subagudas e crônicas, nas doenças auto-imunes e em algumas doenças linfoproliferativas;
-- hipergamaglobulinemia monoclonal, encontrada no mieloma múltiplo, na macroglobulinemia de Waldenström e em outras doenças linfoproliferativas malignas.


Fonte:laboratório Fleury

domingo, 2 de outubro de 2011

Cancer de Figado Tratamento




Paciente com cancer no figado no segmento 6 e cirrose hepática. Hepatectomia isolada segmento 6 com acesso Glissoniano. http://www.drmarcel.com.br

Psoríase

Doenças da Pele
Psoríase

O que é?

A psoríase é uma doença da pele bastante frequente. Atinge igualmente homens e mulheres, principalmente na faixa etária entre 20 e 40 anos, mas pode surgir em qualquer fase da vida.


Sua causa é desconhecida. Fenômenos emocionais são frequentemente relacionados com o seu surgimento ou sua agravação, provavelmente atuando como fatores desencadeantes de uma predisposição genética para a doença. Cerca de 30% das pessoas que têm psoríase apresentam história de familiares também acometidos.


Não é uma doença contagiosa e não há necessidade de evitar o contato físico com outras pessoas.

Manifestações clínicas

Pode apresentar-se de várias maneiras, desde formas mínimas, com pouquíssimas lesões, até a psoríase eritrodérmica, na qual toda a pele está comprometida. A forma mais frequente de apresentação é a psoríase em placas, caracterizada pelo surgimento de lesões avermelhadas e descamativas (foto) na pele, bem limitadas e de evolução crônica.


A psoríase em placas, em geral, se apresenta com poucas lesões mas, em alguns casos, estas podem ser numerosas e atingir grandes áreas do corpo.


Por serem lesões secas, as escamas da psoríase podem se tornar grossas e esbranquiçadas e as localizações mais frequentes são os cotovelos, joelhos, couro cabeludo e tronco.


É comum ocorrerem fases de melhora e de piora. Quando as placas regridem, costumam deixar área de pele mais clara no local afetado.


Outra característica, chamada de fenômeno de Koebner, caracteriza-se pela formação de lesões lineares em áreas de trauma cutâneo, como arranhões. As lesões de psoríase são geralmente assintomáticas, mas pode haver prurido discreto (coceira).

Apresentações menos comuns são a psoríase ungueal , com lesões apenas nas unhas, a psoríase pustulosa, com formação de pústulas principalmente nas palmas das mãos e plantas dos pés e a artrite psoriásica que, mais comum nos dedos das mãos, caracteriza-se por inflamação articular que pode causar até a destruição da articulação.

Outra forma de apresentação é a psoríase gutata , com surgimento eruptivo de pequenas lesões circulares (em gotas), frequentemente associada com infecções de garganta.

A psoríase palmo-plantar é uma manifestação na qual apenas as palmas das mãos e as plantas dos pés estão afetadas, provocando descamação e espessamento da pele, que se torna ressecada e áspera .

O diagnóstico da psoríase é geralmente clínico, mas pode ser confirmado através da realização de uma biópsia, que revelará um quadro bem característico da doença.


Tratamento

O tratamento da psoríase vai depender do quadro clínico apresentado, podendo variar desde a simples aplicação de medicações tópicas nos casos mais brandos até tratamentos mais complexos para os casos mais graves.

A resposta ao tratamento também varia muito de um paciente para outro e o componente emocional não deve ser menosprezado. Uma vida saudável, evitando-se o estresse vai colaborar para a melhora. A exposição solar moderada é de grande ajuda e manter a pele bem hidratada também auxilia o tratamento.

Não existe uma forma de se acabar definitivamente com a psoríase, mas é possível se conseguir a remissão total da doença, obtendo-se a cura clínica. Ainda não é possível, no entanto, afirmar que a doença não vai voltar após o desaparecimento dos sintomas.


Colaboração: Dr. Roberto Barbosa Lima - Dermatologista

Catarata



A Catarata consiste na opacidade parcial ou total do cristalino (lente natural do olho). Geralmente atua de maneira progressiva. Inicia-se com a diminuição da acuidade visual mesmo com correção óptica. É uma doença ocular que pode ser congênita (mais rara) ou adquirida, que é a forma mais frequente. As cataratas adquiridas, em geral, ocorrem em pessoas acima dos 60 anos e também são conhecidas como cataratas senis (envelhecimento do cristalino). Traumas oculares, uso de corticoesteróides, inflamações intra-oculares, exposição excessiva à radiação ultravioleta e diversas doenças associadas, como o diabetes, por exemplo, são causas conhecidas.


Sintomas de catarata: Além de causar a diminuição da visão, as pessoas podem observar imagens duplas, confusão para ver e distinguir cores, alteração freqüente do grau de óculos, muita dificuldade para a leitura e a distância também e visão pior com luminosidade. Pode ocorrer bilateralmente e ainda é a maior causa de cegueira no mundo, atingindo milhões de pessoas.

Tratamento de catarata: Não existe tratamento clínico para catarata, este é sempre cirúrgico.


A partir do momento em que a baixa acuidade visual não é mais corrigida com o uso de correções ópticas há indicação cirúrgica. O momento propício para a realização da cirurgia depende também do prejuízo e do comprometimento que esta opacificação vem trazendo ao cotidiano e as funções habituais do paciente. A técnica cirúrgica mais moderna para o tratamento da catarata, consiste da remoção do cristalino por microfragmentação e aspiração do núcleo, num processo chamado Faco-emulsificação com implante de lente intra-ocular, onde após a retirada completa da catarata, é implantada uma nova lente. Atualmente, temos também a opção de corrigir erros refrativos (miopia, hipermetropia, astigmatismo e presbiopia) na cirurgia de catarata, ou seja, além de retirarmos a catarata contamos com uma variedade de lentes intra-oculares que ajudam a corrigir esses erros refrativos. Consulte um especialista em catarata para saber qual a lente intra-ocular é a mais indicada para melhor satisfazer a sua visão no pós-operatório.