quinta-feira, 16 de junho de 2011

Hipertrofia Prostática

O aumento do volume da próstata é conhecido pelo nome de hipertrofia benigna da próstata (HBP).


A próstata sofre dois principais períodos de crescimento. O primeiro ocorre na puberdade, quando a próstata duplica o seu tamanho.


A partir dos 30 anos de idade a próstata recomeça a crescer. É este segundo crescimento que, anos mais tarde, pode resultar na HBP.

À medida que a próstata cresce, a cápsula prostática, pouco distensível, começa a contrariar esse crescimento. A glândula começa então a comprimir a uretra, dificultando a saída da urina. Ao mesmo tempo, a parede da bexiga torna-se mais espessa porque tem de fazer maior esforço para expulsar a urina. Começa a ficar irritável e sensível, contraindo-se com pequenas quantidades de urina, o que provoca micções frequentes. Com o progressivo enfraquecimento da força muscular da bexiga, ela perde a capacidade de se esvaziar a si própria e a urina começa a ficar parcialmente retida. É a chamada retenção urinária parcial. Em algumas situações extremas, o homem pode mesmo entrar em retenção urinária completa, não conseguindo urinar.


Causas

Ao longo da sua vida o homem produz testosterona, a principal hormona masculina, mas também pequenas quantidades de estrogénio, a principal hormona feminina. Com a idade a quantidade sanguínea de testosterona diminui, havendo uma maior percentagem de estrogénio.


Uma teoria sugere que a HBP pode ocorrer porque a elevação de estrogénios aumenta a actividade de substâncias que promovem o crescimento das células prostáticas.

Outra mais recente aponta a dihidrotestosterona (DHT), uma substância derivada da testosterona, como a responsável pelo crescimento prostático. Foi demonstrado que os homens que não produzem DHT não desenvolvem HBP. Apesar da baixa de testosterona sanguínea, muitos idosos continuam a produzir e a acumular altos níveis de DHT na próstata. É essa acumulação de DHT que facilita o crescimento celular prostático.




Sintomas

Os sintomas de HBP devem-se não só à obstrução da uretra, como também à gradual perda da função da bexiga, que resulta no seu esvaziamento incompleto. Os sintomas de HBP variam, mas os mais comuns são:



jacto urinário fraco,
jacto interrompido,
aumento da frequência das micções com eliminação de pequenos volumes de urina,
aumento da frequência de micções à noite,
urgência para urinar, por vezes com pequenas perdas involuntárias de urina.

Estes sintomas podem ocorrer isoladamente ou em conjunto. Podem ser leves, moderados ou severos. Há situações agudas, como a retenção urinária, levando o paciente ao hospital, a fim de que uma sonda seja introduzida na sua uretra, esvaziando assim a bexiga.

Nem todos os homens passarão por este quadro.


Tratamento

Muitos urologistas aconselham os doentes a fazerem tratamento médico a partir do momento que surgem os primeiros sintomas, numa tentativa de atrasar o crescimento da próstata, mas a forma mais eficaz de se contornar o desenvolvimento da HBP é a realização de check-ups semestrais ou anuais para detectar alterações objectivas da situação. Se houver agravamento, pondo em perigo a saúde do doente ou causando-lhe maiores sintomas, aí o tratamento passa a ser obrigatório.

Se a HBP começar a causar infecções urinárias, estas deverão ser tratadas com antibióticos, antes de tratar a própria HBP. Nas situações muito avançadas, felizmente raras, em que a HBP provoca insuficiência renal, também é necessário melhorar antecipadamente a função renal, antes de tratar a próstata.

Recentemente alguns novos medicamentos surgiram que, em alguns doentes, têm mostrado uma elevada eficácia. Um dos mais utilizados é o Finasteride (comercialmente conhecido com o nome de Proscar®), que inibe a produção da hormona que tem a ver com o crescimento prostático. O seu uso permite a diminuição do volume prostático, embora não em todos os homens.

Outro medicamento é a Terazosina (comercialmente conhecido como Hytrin®), que relaxa a musculatura lisa da próstata e do colo da bexiga, diminuindo a obstrução urinária e melhorando o jacto miccional.


Cuidados a ter

O paciente com HBP assintomática e sem tratamento deverá realizar o teste ao PSA e toque rectal anualmente. O mesmo procedimento também serve para pacientes sintomáticos e a efectuar terapêutica específica..



A manutenção da saúde prostática pode também ser assegurada através da toma de cápsulas de pevides de abóbora, que contém ácidos gordos essenciais que são úteis para a saúde prostática. Melhoram o fluxo urinário e diminuem a frequência e o resíduo urinário. Têm ainda propriedades anti-inflamatórias e efeito revitalizante da glândula prostática.


Em caso de dúvidas ou persistência dos sintomas consulte o seu médico ou Enfermeiro.

Sistema urinário

Anatomia Sistema Urinario


Sistema Urinário - Formação da Urina


Néfron - Formação da urina

Hipertrofia Prostática

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Comentários

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Tensão Pré-Menstrual

Síndrome Disfórica e Transtorno Disfórico Pré-Menstrual


A Organização Mundial de Saúde ainda não reconheceu a tensão pré-menstrual como uma entidade patológica; enquanto isso a classificação norte americana já diferencia Síndrome pré-menstrual (Premenstrual Syndrome) da Desordem Disfórica Pré-Menstrual (Premenstrual Dysphoric Disorder). Esta deficiência, contudo, deverá ser corrigida na 11ª edição do Código Internacional das Doenças.
Não restam muitas dúvidas que existe um transtorno relacionado às fases do ciclo ovariano; quanto a serem dois distúrbios não se tem tanta certeza. Está sendo discutido e estudado se a Síndrome P-M e a Desordem Disfórica P-M são a mesma coisa, provavelmente sim.


Qual a diferença entre elas?
A Síndrome P-M refere-se às variações físicas e do humor nas mulheres. Surge uma a duas semanas antes da menstruação e desaparece no fim do fluxo menstrual. Este transtorno é tratado pelos ginecologistas. A Desordem Disfórica P-M não apresenta necessariamente a sintomatologia física enquanto a alteração do humor é grave o suficiente para interferir nas atividades rotineiras ou trabalhistas.
Trataremos aqui como uma só doença pelo nome mais comum em nosso meio: Tensão Pré-Menstrual (TPM).




A TPM é comum?
Aproximadamente 80% das mulheres em fase reprodutiva apresentam sintomas na fase pré-menstrual, sendo que apenas 3 a 5% de forma grave a ponto de impedir a rotina ou o trabalho. Seu início ocorre em média aos 26 anos de idade e tende a piorar com o tempo. As mulheres mais sujeitas a este problema são aquelas que sofrem de algum problema depressivo ou possuem algum parente com problemas de humor. As mulheres que tiveram depressão pós-parto (uma condição considerada benigna) também estão mais sujeitas.



Principais Sintomas
Psicológicos
Irritabilidade, nervosismo, descontrole das ações ou emoções, agitação, raiva, insônia, dificuldade de concentração, letargia (lentificação para fazer as coisas), depressão, sensação de cansaço, ansiedade, confusão, esquecimento freqüente, baixa auto-estima, paranóia, hipersensibilidade emocional, ataques de choro.
Gastrintestinais
Dores abdominais, inchaço, constipação, náusea, vômitos, sensação de peso ou pressão na pelve.
Dermatológicos
Acne, inflamações na pele com coceira, agravamento de problemas dermatológicos preexistentes.
Neurológicos
Dores de cabeça, tonteira, desmaios, entorpecimento, irritabilidade, sensação de zumbido, machucar-se facilmente, contrações musculares, palpitações, descoordenação dos movimentos
Outros
Aumento da retenção de líquido causando sudorese fácil, intumescimento das mamas, e ganho de peso periódico, diminuição do volume da urina (o que contribui para a retenção de líquido). Aumento da predisposição a alergias e gripes, alterações visuais (talvez devido a retenção de líquidos), conjuntivites (não necessariamente infecciosa), palpitações do coração, dores menstruais, diminuição da libido (desejo sexual), mudanças no apetite (para mais ou para menos), ondas de calor.



O que pode ser confundido com a TPM?
Causas psiquiátricas
Depressão, Distimia, Ansiedade Generalizada, Transtorno do Pânico, Transtorno Bipolar.
Causas médicas
Anemia, Distúrbios autoimune, hipotireoidismo, diabetes, epilepsia, endometriose, síndrome da fadiga crônica, doenças do colágeno.
Quais são as causas da TPM?
A causa não é conhecida, mas pelas características está relacionada à elevação do estrogênio na fase pré-menstrual ou a queda da progesterona. Contudo, esses dois fatores não são os únicos envolvidos: esses hormônios podem afetar as neurotransmissões e aí então causar os sintomas psiquiátricos. Pode também afetar os receptores fora do Sistema Nervoso Central provocando os diversos outros sintomas.



Como se identifica a TPM?
Durante o intervalo de 12 meses a mulher deverá ter apresentado na maioria dos ciclos pelo menos cinco dos sintomas abaixo:


Humor deprimido
Raiva ou irritabilidade


Dificuldade de concentração
Falta de interesse pelo que se costuma gostar
Aumento do apetite
Insônia ou hipersonia
Sensação de falta de controle sobre si mesmo
Algum sintoma corporal



Como se Trata a TPM?
Com modificação na dieta, aumentando-se a quantidade de proteínas e diminuindo o açúcar, o sal, o café e o álcool. Fazendo exercícios regularmente, evitando o estresse, suplementando a dieta com vitamina B6, cálcio e magnésio.
As alternativas medicamentosas são com contraceptivos orais e com antidepressivos inibidores da recaptação da serotonina. Recentemente a FDA (Food and Drug Administration) autorizou o uso da fluoxetina para o tratamento da TPM nos EUA.

Principais mitos e verdades sobre a menopausa



A menopausa é um estágio natural da vida pelo qual todas as mulheres passam quando envelhecem. Embora seja normal, nenhuma mulher diria que os sintomas parecem normais.
As ondas de calor, suor noturno, alterações de humor, cansaço e outros sintomas podem fazer da menopausa uma das fases mais difíceis no campo emocional e físico para uma mulher.


Muitos mitos e verdades são ditos sobre o assunto. Muitas vezes é a falta de informação que alimenta crendices em torno da menopausa. Para esclarecer o que é mito ou verdade, o geriatra e médico ortomolecular Rogério de Oliveira tira as principais dúvidas:

Sintomas da menopausa - ondas de calor, suor noturno, alterações de humor e cansaço são os principais

Após os 40 anos a mulher não engravida mais?

Mito. Na verdade ocorre uma redução de fertilidade dos 35 anos em diante, mas a fertilidade ainda existe até a menopausa e justamente nesse período onde os riscos da gestação são maiores deve sempre existir uma preocupação em usar métodos contraceptivos.

A menopausa causa diminuição da libido?

Verdade. A menopausa diminui a libido, isso ocorre por diversos motivos, entre eles, a menor lubrificação vaginal.

A pele sofre modificações durante a menopausa?

Verdade. Ocorre à desidratação da pele e a diminuição na produção de colágeno pela redução do hormônio feminino, o estrogênio. A pele fica mais fina, aparecem mais rugas, os vasos ficam mais visíveis e a cicatrização da pele se torna mais lenta. Pode ocorrer a queda de cabelo e enfraquecimento das unhas. A reposição hormonal pode ajudar a melhorar os sintomas da menopausa e a aparência da pele.


Nesse período podem ocorrer alterações hormonais?

Verdade. Para cada mulher existe um tratamento de reposição hormonal, que será baseado nos sintomas de cada uma.

A mulher pode engordar quando utiliza hormônios?

Depende. Quando a mulher entra na menopausa, existe a possibilidade de aumentar o peso na fase pré-menopausa, mesmo sem utilização dos hormônios. Atualmente já existem terapias hormonais que podem evitar o aumento de peso relacionado a retenção de líquidos.

Exercícios podem ajudar a lidar melhor com a menopausa?

Verdade. A mudança de hábitos é fundamental. São indicados exercícios frequentes, duas a três vezes por semana. Eles fortalecem os músculos e ossos, o sistema cardiorrespiratório e controlam o peso.

A reposição hormonal pode ajudar a controlar os sintomas da menopausa?

Verdade. Nessa fase, a mulher precisa ter muitos cuidados com a saúde, principalmente com os níveis hormonais que causam deficiência de hormônios e consequentemente uma serie de sintomas que precisam ser tratados. Para tratar esses sintomas, a modulação hormonal é o tratamento mais eficaz para regular os níveis hormonais. A modulação hormonal é o método que, através de exames laboratoriais, pode-se traçar o perfil hormonal do paciente detectando suas necessidades hormonais, possibilitando o equilíbrio metabólico para que o paciente atinja um padrão hormonal saudável.